segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Red Não era o Mesmo

Enfiado em seu quarto bem após uma visita à Lavender Town. Isso não era normal, e mesmo assim a mãe do Red não sabia o que tinha dado nele. Poderia ter sido apenas veneno ou uma paralisia temporária, mas quando ela foi vê-lo, ele estava saudável e tranquilo como foi normalmente, mas o ar parecia pesado.

Era muito difícil de respirar. Um dia, ela subiu ao quarto do Red e abriu as janelas, e um cheiro medonho foi de encontro ao seu nariz. Um cheiro apodrecido, carne queimada, e com um sabor quente e úmido, como se viesse do solo. Ela tossiu fortemente e fechou a janela, e o cheiro desapareceu. Red entrou de repente e gritou, num tom aborrecido.

"Mãe! Não entre no meu quarto!".

"Red, hm, o que... O que é esse cheiro? Você não pode viver nessa condição, não é?"

"É só... É só... Gh-" Quando Red começou a falar, uma das pokebolas do seu cinto começou a chocalhar. Ele empurrou sua mãe para fora do quarto, "Saia! Agora!"

SLAM!

A mãe do Red ficou abalada. Este não era o seu pequeno e doce garotinho, não mais, ela pensou. Ela tinha que ajudar de alguma forma. Quando levantou sua mão para bater na porta, ainda trêmula, ouviu Red conversando.

"Isto não foi o que combinamos, n-não tem um número suficiente de almas já amaldiçoadas? Você pode matar qualquer um que você acha que está no nosso caminho, mas você não pode matá-la! Você não poder ter a minha mãe!"

Ela estremeceu. Queria fugir, mas não poderia deixá-lo. Deixá-lo com aquela... coisa que ele estava falando. Ela ficou parada na porta, enquanto a conversa do outro lado se transformava em uma discussão. A porta fez um barulho, como se algo tivesse sido jogada contra ela, o que a deixou ainda mais preocupada. Ouviu e sentiu coisas que pareciam fragmentar e rasgar. Parecia, até que as coisas se calaram. A mãe de Red engoliu em seco, e bateu na porta, deixando que ela se abrisse devagar.

Tudo estava normal. Nada foi jogado ou rasgado. Estava tudo no lugar de costume, mas Red havia ido embora. E a janela estava aberta. O silêncio no quarto era estranho, parecia que ninguém vivia lá, para começar. Ela sentiu o coração crescer, pesado, e gritou.

"Purgatório..."

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